Oi pessoal,
Estou aqui para responder a uma das perguntas feitas após a apresentação do nosso painel na última quarta-feira (05.11.08). A questão proposta era a diferença entre a gordura visceral e a gordura subcutânea. Encontrei uns sites bem legais que explicam as diferenças entre elas. Espero que, com isso, o tema fique esclarecido. Boa leitura e divirtam-se!!!!!
NEM TODA GORDURA É IGUAL
A subcutânea é difícil de perder, mas é menos danosa à saúde que a visceral.
GORDURA SUBCUTÂNEA
- Acumula-se sob a pele, principalmente no culote, nas nádegas e nas pernas e produz a celulite.
- Células menores, que têm mais facilidade de se multiplicar e são mais sensíveis à insulina.
- Prejudica menos o metabolismo, mas é mais difícil de perder.
- Sua predominância caracteriza a obesidade 'em formato de pêra', considerada menos prejudicial à saúde.
- Aparência de 'gordura mole', mesmo quando localizada no abdome.
- Mais freqüente em mulheres, mas também pode estar presente em homens.
GORDURA VISCERAL
- Acumula-se nas camadas profundas do abdome, em volta dos órgãos.
- Células maiores, que se multiplicam pouco, mas são mais ativas e afetam o metabolismo.
- Células mais resistentes à insulina.
- É mais fácil de perder.
- Caracteriza a 'barriga de cerveja' - mesmo que a pessoa não beba.
- Sua predominância caracteriza a obesidade 'em formato de maçã', fator de risco para a saúde.
- Aparência de 'gordura dura'.
- Mais freqüente em homens, mas também pode afetar mulheres.
Texto extraído do site:
http://revistaepoca.globo.com/Epoca/0,6993,EPT761194-1664-4,00.htmlMais informações a respeito do tema podem ser lidas no site:
http://revistaepoca.globo.com/Epoca/0,6993,EPT761194-1664-1,00.html, que é a continuação desta matéria na revista Época.
Há ainda um artigo muito interessante relacionado ao assunto que aborda também a temida Síndrome Metabólica:
Gordura Visceral e Síndrome Metabólica:
Mais Que Uma Simples Associação
RESUMO
A síndrome metabólica (SM) é vista atualmente como uma epidemia
mundial, com números alarmantes, associada a alta morbi-mortalidade
cardiovascular e elevado custo sócio-econômico. O ganho ponderal é
preditor independente para o desenvolvimento da SM, embora nem
todos os indivíduos obesos a apresentem. Por outro lado, certas populações
com baixa prevalência de obesidade apresentam elevada
prevalência da SM e mortalidade cardiovascular. A distribuição da gordura
corporal é relevante, e especificamente a gordura visceral (GV)
parece ser o elo entre o tecido adiposo e a resistência à insulina (RI),
característica da SM. Na última década, o tecido adiposo deixou de ser
um simples reservatório de energia para se transformar num complexo
órgão com múltiplas funções. A GV apresenta características metabólicas
diferentes da gordura subcutânea glúteo-femoral, as quais favorecem
a instalação do quadro de RI. Diversos estudos revelam a estreita
relação da adiposidade abdominal com a tolerância à glicose, hiperinsulinemia,
hipertrigliceridemia e hipertensão arterial. Mais que uma
simples associação, recentemente, acredita-se que a GV desempenha
um papel central na fisiopatologia da SM. Assim, a quantificação da GV
se torna importante para identificar indivíduos com maior risco para o
desenvolvimento da SM, eleitos para sofrer intervenções precoces na
tentativa de reduzir o impacto das anormalidades metabólicas sobre a
mortalidade cardiovascular. Este artigo discute particularidades da
distribuição central de gordura, no contexto da SM, possíveis mecanismos
fisiopatogênicos relacionados à GV e os métodos disponíveis para
a avaliação da adiposidade abdominal. (Arq Bras Endocrinol Metab
2006;50/2:230-238)
O artigo na íntegra pode ser lido no site:
http://www.scielo.br/pdf/abem/v50n2/29306.pdfEspero ter tirado, com esta postagem, as dúvidas relacionadas ao tema.
Em breve, o conteúdo dos painéis apresentados esta semana serão colocados à disposição de todos.
Postagem feita por Heloisa Rodrigues de Gouvêa