sexta-feira, 26 de setembro de 2008
A obesidade já é considerada epidemia global, com taxas de insucesso em seu tratamento a longo prazo de mais de 90%. A descoberta da leptina, um peptídeo sintetizado principalmente pelos adipócitos, abriu novas fronteiras no estudo do tratamento da obesidade. Constatou-se que a leptina, por meio do controle de sua concentração na circulação, poderia ser um sinalizador do estado energético e do tamanho das reservas de gordura, ao atuar em um circuito de retroalimentação, cuja função é de manter o peso corporal estável, independentemente de variações diárias no consumo de energia. Porém, esse circuito apresenta falhas na maioria dos indivíduos que se tornam obesos (baixa responsividade pela alta concentração de leptina que esses indivíduos apresentam), o que levou à hipótese da “resistência à leptina”. Entretanto, essa revisão sugere que a função fisiológica da leptina é a de um hormônio que “impede” a perda de peso, pois, as repercussões fisiológicas da redução da concentração de leptina são muito mais intensas comparadas ao seu aumento, pelo menos em seres humanos. Dessa forma, o que se convencionou chamar de resistência à leptina expressa apenas o fato, inerente aos seres humanos, de que a elevada concentração de leptina produz somente pequena ação fisiológica.
Para saber mais: Aspectos atuais da regulação do peso corporal: ação da leptina no desequilíbrio energético
Postado por: Augusto Arcanjo
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