Obesidade - um risco da vida moderna

sábado, 27 de setembro de 2008

Doença já é considerada uma epidemia mundial e atinge quase 30% da população brasileira.

Brasília - A mudança no estilo de vida tem levado muitos brasileiros a estarem de mal com a balança. A falta de tempo é um dos principais fatores apontados para explicar os quilinhos a mais. Refeições rápidas, lanches e horários irregulares são freqüentes na rotina de muitas pessoas. Tudo isso, associado à falta de exercícios físicos, tem levado o Brasil a ser um dos países com maior índice de obesos.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 60% da população mundial apresenta algum problema relacionado à obesidade, já encarada como uma epidemia mundial. Só no Brasil, cerca de 38 milhões de brasileiros com mais de 20 anos estão acima do peso. Desse total, mais de 10 milhões são considerados obesos, de acordo com os padrões estabelecidos pela OMS e pela Organização para a Alimentação e Agricultura (FAO).
A nutricionista Gláucia Medeiros, coordenadora de Comunicação do Conselho Regional de Nutrição – 1ª Região (CRN-1), explica que a obesidade é uma doença de múltiplas causas, na qual diversos fatores estão envolvidos, entre os quais os fatores genéticos, os desequilíbrios nutricionais, a alimentação inadequada e a falta de atividade física. “Ela é muito agressiva, pois contribui para o desenvolvimento de outras doenças perigosas como a diabetes tipo 2, hipertensão, dislipidemias, enfermidades cardiovasculares, câncer, entre outras. Há, também, as complicações mecânicas, como o excesso de carga sobre as articulações e a apnéia noturna”, alerta a nutricionista.
Para recuperar o peso, a pessoa precisa adotar uma alimentação balanceada e praticar regulamente atividades físicas. Lívia recomenda que a dieta apresente produtos de todos os grupos alimentares e, como a obesidade é uma doença inflamatória, o cardápio terá que ter alimentos com propriedades antiinflamatórias como salmão, atum, sardinha e cavala. Os peixes, também ricos em ômega-3, devem ser consumidos duas vezes por semana.
Outra dica da nutricionista é dar preferência aos carboidratos complexos e integrais e de baixo índice glicêmico, com alto consumo de fibras. Em relação a bebidas, ela indica o suco de uva por ser um potente antioxidante e antiinflamatório. Dentre as gorduras, priorizar o consumo de azeite, abacate e oleaginosas como castanhas, nozes e amêndoas, além de excluir a gordura trans. “Alimentar-se a cada três horas também é essencial para modular os níveis de glicose do sangue e, conseqüentemente, a ação da insulina”, diz Lívia, lembrando que a dieta deve incluir, ainda, frutas e vegetais amarelo-alaranjados (fontes de betacaroteno), frutas de cores arroxeadas (fonte de antocianidinas) e vegetais de folhas verde-escuras.
Em casos mais graves, uma equipe multiprofissional formada por nutricionistas, psiquiatras, psicólogos e endocrinologistas irá avaliar se o obeso precisará de uma cirurgia de redução de estômago. Nesse caso, a pessoa terá que estar com o Índice de Massa Corporal acima de 40 ou 35kg/m2, sendo que, neste último, deve estar associado a coexistência de transtornos como diabetes, hipertensão e dislipidemia.
Obesidade é um dos temas que serão abordados na “Feira de Saúde e Nutrição”, que acontecerá de 2 a 5 de outubro, no Pátio Brasil Shopping. O objetivo do evento é promover a qualidade de vida e alertar o público sobre os males causados pela má alimentação. A feira conta com a participação do CRN-1. Entre as palestras e atividades que serão desenvolvidas pelo conselho, está a mesa a mesa redonda “Emagrecendo com segurança”.
Sobre o Conselho Regional de Nutrição – 1ª Região – O CRN-1 faz parte do sistema do Conselho Federal de Nutrição, entidade criada em 1978 com o objetivo de representar e fortalecer o profissional Nutricionista. O CRN-1 responde pelos Distrito Federal , Goiás, Mato Grosso e Tocantins e a sua missão é contribuir para a saúde da população por meio do exercício profissional ético de nutricionistas e técnicos em nutrição habilitados.



Fonte: Portal Fator Brasil

Postado por Heloisa Rdorigues de Gouvêa

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