Painel 1 - Introdução

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Nosso corpo tem a capacidade de armazenar energia na forma de gordura, por quê? Antigamente, os nossos ancestrais caçavam para conseguir alimentos e precisavam de energia para isso. O alimento era usado para repor as energias gastas, portanto, a gordura era acumulada para fornecer energia. Atualmente, nós não precisamos caçar para se alimentar, mas o nosso corpo continua com a mesma capacidade de armazenar gordura e gerar energia. A obesidade é devido a esse aumento excessivo de acúmulo de gordura no nosso corpo que traz prejuízos à saúde.

DIAGNÓSTICO
O diagnóstico é dado pelo IMC (Índice de Massa Corporal):
IMC= Peso (Kg)/Altura²(m)

Pessoas com índice de massa corporal ≥ 30 Kg/m² são classificadas como obesas.



CLASSIFICAÇÃO
A gordura se distribui pelo corpo atribuindo formas ao corpo, as quais são: Ginóide, Andróide ou mista. Quando a gordura está localizada na metade inferior do corpo é chamada de Ginóide; Andróide é quando o tecido adiposo localiza-se na metade superior do corpo. A forma mista ocorre quando há uma distribuição uniforme de gordura por todo o corpo.


A obesidade pode ser classificada também de acordo com a divisão celular das células adiposas. A obesidade hipertrófica ocorre quando o volume dos adipócitos aumenta e é mais freqüente durante a fase de crescimento. A obesidade hipercelular ocorre devido ao aumento do número de adipócitos.

ENERGIA CONSUMIDA = ENERGIA GASTA


A obesidade ocorrerá quando o indivíduo consumir uma quantidade de kcal nos alimentos acima da quantidade de kcal gasta pelo organismo. O gasto energético diário é dividido em metabólico basal, gasto com efeito térmico dos alimentos e gasto energético com atividades físicas. Explicaremos cada um abaixo.
A taxa metabólica basal é o gasto de energia do indivíduo em repouso, deitado. A taxa metabólica basal (aproximadamente 80%) pode ser relacionada à quantidade de tecido magro do indivíduo. Pessoas com TMB baixa são consideradas como tendo maior risco futuro de ganho de peso.
O efeito térmico dos alimentos se deve ao gasto energético durante a ingestão, absorção dos nutrientes.
O gasto energético da atividade física é o resultado da quantidade de trabalho executada com a eficiência do indivíduo em executá-lo. O indivíduo obeso tem uma maior dificuldade em realizar exercícios físicos duradouros, devido ao seu baixo limiar de ácido lático. Esse limiar de ácido lático seria o nível em que o exercício físico começa a ficar desconfortável. A partir daí, aumenta a concentração de ácido lático no sangue. O treinamento regular aumenta o limiar do lactato para perto da carga máxima do trabalho e permite que o indivíduo se exercite por um período de tempo maior.

CAUSAS

A obesidade pode estar ligada a aspectos genéticos. A obesidade pode associar-se a influências do ambiente intra-uterino, por exemplo, a desnutrição materna aos dois primeiros trimestres de gravidez resulta em uma maior probabilidade de obesidade no adulto. Alimentação inadequada, uma alimentação não balanceada, hipercalórica pode causar excesso de peso. Muitas pessoas têm por base a pirâmide alimentar e fazem uso exagerado dos carboidratos. Entretanto, esse uso exagerado é o que causa a obesidade. Houve uma campanha nos EUA em que decidiram tirar a gordura da dieta dos obesos, entretanto, não conseguiram conseqüências agradáveis. Os obesos continuaram a mesma coisa, porque o consumo de carboidrato estava exagerado. É a mesma coisa com pessoas de baixa renda, em que as pessoas não se preocupam com o que elas estão se alimentando. Elas fazem um uso abusivo de carboidrato na sua alimentação e tendem a ganhar peso. Os principais tipos de carboidratos são o açúcar e o amido. O sedentarismo causa a obesidade. Distúrbios psicológicos ocasionam a obesidade. Muitas pessoas depressivas, tristes e com raiva procuram o bem estar na alimentação.


OBESIDADE X DESNUTRIÇÃO


Há um grande paradoxo entre a obesidade e a desnutrição como pode ser visto no gráfico. Antigamente, os casos de desnutrição ultrapassavam os de obesidade e 14 anos depois, os casos de obesidade passaram o de nutrição. A esse processo dá-se o nome de transição nutricional. Essa transição nutricional seria a mudança dos hábitos alimentares de uns anos para cá. O aumento de lanchonetes, fast foods tem propiciado as pessoas a se alimentarem mal. Como pode ser visto, na América do Norte há uma prevalência de obesos e na África há uma minoria, como o esperado.


Bibliografia

Postagem por: Thaís Naves Abath

3 comentários:

Rhani disse...

Achei esse trecho: "É a mesma coisa com pessoas de baixa renda, em que as pessoas não se preocupam com o que elas estão se alimentando. Elas fazem um uso abusivo de carboidrato na sua alimentação e tendem a ganhar peso." altamente preconceituoso e, de certa forma, equivocado.

http://www.efdeportes.com/efd95/desnutri.htm ----> esse é um site que exemplifica, com um pesquisa, o que estou tentando falar. Sei que a pesquisa foi realizada em um ponto específico, mas já é suficiente para quebrar o esteriótipo! Obrigada!

Grupo de Obesidade 2º/2008 disse...

Rhani,
Realmente o trecho pôde dar a entender algo de maneira preconceituosa. O que eu quis realmente dizer, é que com a baixa renda, essas pessoas têm maior acesso a carboidratos, já que estes têm o preço mais acessível (mandioca, batata, arroz, farinha, etc.). Peço perdão pela ambigüidade do trecho.
Desde já peço desculpas a qualquer pessoa que leia e se sinta ofendida.
Obrigada.
Thaís Abath

Rhani disse...

Eh, realmente, há um certo problema na comunicação...
P.S. não me senti ofendida em nenhum momento!
Obrigada pelo esclarecimento.
=]